A análise feita pelo Carbon Tracker indica que entre 60% e 80% das reservas de carvão, óleo e gás do mundo não poderão ser queimadas nas próximas décadas se quisermos ter alguma chance de atingir as metas de mudança climática. Isso levanta dúvidas sobre a possibilidade das empresas estarem criando ativos encalhados, ou desperdiçando capital ao desenvolverem reservas que podem não ter um mercado no futuro

Nossa análise se relaciona prioritariamente com o papel dos mercados de capitais. O Brasil, entretanto, possui um contexto diferente, já que a maior empresa do setor – Petrobras – é controlada pelo Governo Federal. Desde a sua emissão de ações de 2010, a maior operação de captação de recursos da história US$69.9 bilhoes, a empresa deu início a um grande programa de investimentos para desenvolver as reservas do pré-sal na costa brasileira.